Ela é como o sol no meio do ártico, que te confunde os
sentidos. Está calor ou o frio? Ou ambos? É difícil saber ao certo. Ela é como
uma queimadura por frio. É engraçado não, como o podemos nos queimar com apenas
frio? É confuso e ambíguo, assim como ela
é: Ela é luz e a sombra, sol e gelo, ela é sua salvação e sua perdição. Ela é a
personagem principal da sua historia, e também a antagonista.
Ao pensar nela, uma vontade louca de dançar te acomete. Sim,
dançar. Fazer passinhos bobos, dançar na chuva, no banho, cozinhando ou andando
na rua. Porque só de pensar nela, sentimos a energia fluindo através dos nossos
membros. Você quer, não, você precisa gritar euforicamente, pular e bater os
calcanhares, girar. Seu corpo treme querendo liberar essa onde de energia e
você não aguenta mais, precisa vê-la, falar, ouvir ou sentir aquela presença.
E quando se esta perto dela é impossível não sorrir. Você
fica bobo, sorri com uma mistura de paixão, admiração e nervosismo. Não consegue articular os pensamentos. Suas mãos parecem que perderam o link com o
cérebro e passam a ser um corpo estranho no seu próprio corpo. O que fazer?
Cruzar as mãos, por no colo, ou batucar em algo? Ela é como uma leoa caçando e
sente o cheiro do seu nervosismo e sorri.
E falando em sorrisos, como o dela é especial. É o sorriso da Monalisa encarnado, um misto de
mistério e respostas, Inocência e luxuria, amor e paixão. As linhas dos seus lábios
afinando, lhe apertam o coração, e ai a
armadilha já está armada. Teu coração grita para que você pule por cima da mesa
e a beije, como você nunca beijou alguém antes. Um beijo em que você a segura por
aquele pescoço esguio, aproxima os corpos e sente que vão se fundir em um só.
Você quer lhe tomar todo o folego, sentir a maciez dos seus lábios e se pega
divagando qual será o gosto. Pêssegos? Morangos? Não, definitivamente nada tão
ordinário poderia descrever com a exatidão o gosto que teria.
Como ela consegue ser tão graciosa? Quando ela se mexe, você
ouve uma melodia que emana e que te convida a cantar a tua canção. Sabe quando
você está só e começa a cantar algo que não existe? Essa é sua canção, pessoal
e instransferivel, mas que naquele instante ínfimo de tempo, se sincroniza com
a dela tornando aquele momento sagrado.
Meus amigos, ela é a poesia encarnada, ela é a poesia em
movimento.
Thais Pacheco