segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ela é poesia em movimento

Ela é como o sol no meio do ártico, que te confunde os sentidos. Está calor ou o frio? Ou ambos? É difícil saber ao certo. Ela é como uma queimadura por frio. É engraçado não, como o podemos nos queimar com apenas  frio? É confuso e ambíguo, assim como ela é: Ela é luz e a sombra, sol e gelo, ela é sua salvação e sua perdição. Ela é a personagem principal da sua historia, e também a antagonista.

Ao pensar nela, uma vontade louca de dançar te acomete. Sim, dançar. Fazer passinhos bobos, dançar na chuva, no banho, cozinhando ou andando na rua. Porque só de pensar nela, sentimos a energia fluindo através dos nossos membros. Você quer, não, você precisa gritar euforicamente, pular e bater os calcanhares, girar. Seu corpo treme querendo liberar essa onde de energia e você não aguenta mais, precisa vê-la, falar, ouvir ou sentir aquela presença.

E quando se esta perto dela é impossível não sorrir. Você fica bobo, sorri com uma mistura de paixão, admiração e nervosismo.  Não consegue articular os pensamentos.  Suas mãos parecem que perderam o link com o cérebro e passam a ser um corpo estranho no seu próprio corpo. O que fazer? Cruzar as mãos, por no colo, ou batucar em algo? Ela é como uma leoa caçando e sente o cheiro do seu nervosismo e sorri.

E falando em sorrisos, como o dela é especial. É  o sorriso da Monalisa encarnado, um misto de mistério e respostas, Inocência e luxuria, amor e paixão. As linhas dos seus lábios afinando,  lhe apertam o coração, e ai a armadilha já está armada. Teu coração grita para que você pule por cima da mesa e a beije, como você nunca beijou alguém antes. Um beijo em que você a segura por aquele pescoço esguio, aproxima os corpos e sente que vão se fundir em um só. Você quer lhe tomar todo o folego, sentir a maciez dos seus lábios e se pega divagando qual será o gosto. Pêssegos? Morangos? Não, definitivamente nada tão ordinário poderia descrever com a exatidão o gosto que teria.
Como ela consegue ser tão graciosa? Quando ela se mexe, você ouve uma melodia que emana e que te convida a cantar a tua canção. Sabe quando você está só e começa a cantar algo que não existe? Essa é sua canção, pessoal e instransferivel, mas que naquele instante ínfimo de tempo, se sincroniza com a dela tornando aquele momento sagrado.

Meus amigos, ela é a poesia encarnada, ela é a poesia em movimento.

Thais Pacheco