Durante o banho eu escrevo
nossas iniciais no box do banheiro. Capricho na caligrafia das nossas letras e
tomo um cuidado especial no "&".Desenho um coração que envolve tudo
e observo a imagem desaparecer. Penso que não é bom augúrio e tento
imaginar algo positivo, extrair um significado bom. Eu sou assim otimista
e acho que no final ficará tudo bem.
Me perco nos meus pensamentos relembrando o nosso último encontro, procurando detalhes,
sinais que me digam que está tudo bem. Tem tanta coisa que eu queria ter te
dito, mas esqueci porque não conseguia desgrudar meus olhos dos teus. Tantos
beijos que queria ter te dado, mas falhei por ser tímidos demais. Às vezes
esqueço que posso, esqueço que devo ser ousado.
Sigo recordando dos pequenos momentos
daquela tarde. Paro e me atenho a um sorriso que você deu, alegre, tímida e com
um ar sensual que só você tem. Lembro-me de ter te dito que sentia falta desse
sorriso, mas acho que você não ouviu. Se não ouviu, saiba agora: sinto falta todos
os dias. Mas creio que não te disse que meu coração parou quando demos as mãos
indo para o carro. Com você sou feliz nessas pequenas coisas, num olhar, num
entrelaçar de mão, numa piada com o garçom.
E então eu volto para o
agora e olho para nossa insígnia que desaparece. Refaço tudo de novo, nossas
letras, nosso "&", nosso coração. E entendo o significado que
procurava: que nosso amor se refaz, cada vez diferente, com beleza diferente,
mas ainda assim é o mesmo amor. Como a fênix ele renasce, mesmo depois de
aparentemente ter se apagado. Percebo que não devo desistir de desenhar nosso
amor, por mais que tudo em volta jogue contra, porque nosso amor é lindo.
É garota, eu te amo
É garota, eu te amo
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